Eu já sou uma bloguer internacional? - BIOGRAFIAS ERÓTICAS
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Eu já sou uma bloguer internacional?

A Pitinha conta ao Biografias Eróticas como foi:

Para começar confessionário, o que posso dizer?, sou mulher e fiz-me bloguer. A coisa tem sido assim, entrei nessa onda, escrevo umas trivialidades, umas quantas fotografias, a dizer gosto disto e daquilo, num desses blogues branquinhos e rosados, life-style de menina bem, com publicidade na forma de opinião, de merdas que me dão pra vender, a coisa colou e bumm, e não é que se vende mesmo.

É isso, não falo de nada sério, nem acrescento nada de novo, basicamente sou eu e o meu marido Diogo, a contar tretas de coisas que não vivemos, nem pensar em usar o que vendemos, com milhares de atrasados a seguir-nos, com impulsos e decisões pelo que lhes dissémos, compreendes confessionário, uma forma de engano aceitável, que dá para viver e viver bem.

Ainda hoje eu e o Diogo nos perguntamos, como a merda de uma peça de roupa, dessas que custam 5 ou 10 euros, de venda em lojas de retalho barato, pareçam mais do que são, depois desse embrulho de ilusão, de os outros quererem ser como nós, só por dizermos que as usamos, coisas repugnantes na nossa relevância, ai, que é tão bom ser bloguer.

Mas confessionário, parece que há coisas que estão destinadas a mudar o nosso mundo.

Conheci a Krista por acaso, checa com um blog como o meu, a promover marcas e produtos, como eu sei, as fotografias enganam, mas alguns com muita qualidade, uma palavra aqui ou ali, uma coisa a dar na outra, e olha, convidei-a pra vir a Portugal.

Esperava-a no aeroporto, por momentos fiquei confusa, abeirou-se-me uma mulher diferente, a pessoa não condizia com o blog, pelo que escrevia não podia ser ela, um cabelo incendiado de mulher ruiva, tatuagens por todo o lado, um sorriso uns olhos lindos, um corpo torneado e belo, e a presença dela, meu deus, uma integração perfeita.

Senti um choque cá no fundo, abanei-me toda a beijá-la, a sentir-me um provinciana de vão de escada, debutante num pequeno mundo, de relevante já não tinha nada, tudo o que fazia não contava, outras linguagens que não conhecia, era assim a Krista face a mim, uma mulher grande num mundo grande, e eu ridícula por aqui.

Olhou-me de alto a baixo, o meu corpo e os meus trejeitos, numa radiografia do meu ser, elogiou-me os vestidos caros, de que ela não precisava, o meu cheiro e o meu querer, sentia-me pequena no meu diálogo, eu só era uma privilegiada, menina bem de visões diminutas, chiça!!!, de destinos maus uma católica protegida, encasulada em preconceitos perdidos no tempo, pensando bem, não tinha vivido nada.

Quando o Diogo a viu, li-lhe nos olhos o mesmo sentir, havia ali qualquer coisa inoportuna, de antes ser-se árvore e virar-se arbusto, só pela presença de uma mulher, "lá está ele de boca aberta", e as calças, "está com tesão", "sacaninha de menino betinho", estereotipo de afortunado, surfista frustrado, a quem nunca faltou nada, nem heranças para consumir, que o tempo nada fez mudar.
Photo by Jens Lindner on Unsplash
Na nossa sala aquecida, a Krista sorria das piadas do Diogo, mas era pra mim que olhava, uns olhos de comilona apreciando o meu ser, as minhas mamas e as minhas pernas, ao sabor da minha vergonha, e nos meus sentidos a imagem de um lago, mergulhados o meu corpo e o dela, "queres ver que é lésbica?" pensava eu, mas que diabo eu não sou, ainda ontem vestia camisas aos quadrados, saias pequenas de colégio religioso, onde tive uma experiência sim, de fazer sexo com uma amiga, mas foi só e foi pequena, ai se a minha mamã soubesse, a partir dai só homens.

Não tirava os olhos da Krista, os mamilos rijos impressos na roupa, aquela zona proibida quase à mostra, trocava a perna e eu tremia, sentia a minha vagina húmida, entre mim e ela uma força, que ela deixava ir e eu reagia, estava condenada neste pensar, "não sou fufa, não sou fufa, não sou fufa", acho que não vou aguentar, como me verei depois se ela me quiser, "porra prós blogues que estou fodida", logo tinha que a conhecer, para me revelar.

No dia seguinte o Diogo desapareceu, acho que foi das minhas rezas nocturnas, o preguiçoso dormia sempre mais do que eu, era só eu a casa e a Krista, naquela manhã acidentada, na cozinha a comer, em que me lembro de dizer coisas estúpidas, a olharmos uma para a outra, em sorrisos de compreensão, ainda as duas com pouca roupa, enxovalhada pela noite mal dormida, aproximei uma uva da boca, ela aproximou a dela de mim, roubou-me a uva e deu-me um beijo.

Explodi por dentro, um tremor subiu dos meus pés à cabeça, não a rejeitei atirei-me a ela, toda a minha vida mudava, passava a ser outra a ver outras coisas, corremos para a cama desajeitadas, algum cheiro do Diogo ainda ali pairava, nem vimos como estávamos já nuas, abraçámo-nos as duas, só a conhecia há dois dias, não aguentava não a comer, passei-lhe a mão pela fenda húmida, a abrir-me as pernas para me receber, passava a querer ser como ela, desejos libertos a fugir-me das mãos como passarinhos.

Dobrou-se sobre mim, a beijar-me toda, percorria a língua sobre o meu corpo, a parar em cada momento e sitio escolhido, os meus mamilos, o meu ventre, o meu umbigo, a minha cona, lambia-me os papos e o clitóris, como colibris desenfreados, a picar-me e tocar-me por dentro, "ai meu deus, o que fui fazer", a minha mãe, a minha sogra, os meus amigos, "ai meu amor Krista estou-me a vir".

Para quem queria mais, tinha sido pouco, a Krista tinha a semana toda, porra!! que apareceu o Diogo, de onde ele vinha nem queria saber, e por hoje nem blog nem roupas nem tretas nem o caralho, já lhe disse, "vou mostrar à krista a luz da nossa cidade".

5 comentários:

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